Pouco mais de dois anos depois de ter iniciado os trâmites para a criação da Rede Sustentabilidade, finalmente a ex-senadora Marina Silva deve ter o partido oficializado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O processo de registro da legenda está na pauta desta terça (22) da Corte. Pela primeira vez, o julgamento será feito com a sigla tendo mais de 500 mil s validadas pelo Tribunal. O novo pedido para criação da Rede foi protocolado em 28 de maio, junto com 56,1 mil novas s coletadas durante os mutirões de Verão e de Carnaval.
Na última sexta-feira (18), o relator do processo, ministro João Otávio Noronha, deu aval para que o assunto pudesse ser analisado pelo pleno do TSE. Do total de 56,1 mil s entregues, aproximadamente 55,7 mil foram validadas pelos técnicos da Seção de Gerenciamento de Dados Partidários (Sedap) do Tribunal. Elas vão se somar às 442,5 mil s já reconhecidas pela Justiça Eleitoral e que estão anexadas ao pedido de criação da legenda, encaminhado ao Tribunal em 2013.
Logo após o fim do recesso no Judiciário, o relator do pedido no TSE encaminhou o processo para a procuradoria dar o parecer, que foi favorável. Agora, o ministro segue essa mesma decisão e deu seu voto em favor da criação.
Criação da Rede virou "novela" para Marina
A regularização da Rede Sustentabilidade virou uma novela na vida de Marina Silva. Ex-ministra do Meio Ambiente durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ela deixou o PT, legenda à qual foi filiada durante mais de 30 anos, e entrou no PV para disputar as eleições presidenciais de 2010. Marina começou a campanha de maneira discreta, mas uma arrancada na reta final lhe garantiu 18 milhões de votos e quase a agem para o segundo turno. Após o bom desempenho, no entanto, ela entrou em rota de colisão com a direção do PV e decidiu abandonar a legenda para fundar o próprio partido.
Começava, em 2012, o périplo de Marina. Ela conseguiu angariar apoiadores e ideólogos, que se autointitularam de "sonháticos", mas não teve sucesso na tarefa de recolher, em 2013, as 500 mil s necessárias para registrar o partido. Ela reclamou de perseguição política, mas o TSE não voltou atrás. Marina foi, então, convidada pelo então presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a filiar-se ao PSB e a concorrer, ao lado dele, na disputa presidencial de 2014.
Após a queda do jatinho que levava Campos para um compromisso oficial em Santos, em agosto de 2014, que provocou a morte do candidato socialista, Marina tornou-se candidata do PSB ao Planalto. Chegou a liderar a disputa, mas ficou fora do segundo turno mais uma vez. No início deste ano, deixou o partido e retomou a coleta de s para criar a Rede.
Com informações do jornal Correio Braziliense
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