15 de maio de 2012 176u3b

Informação e inclusão ambiental no Jordão 1b5z44


Apesar de pouco desmatado e de difícil o, o município do Jordão está na lista de vulnerabilidade às mudanças climáticas. Com essa preocupação, o Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC) organizou duas oficinas de informação para a população indígena e de produtores rurais, ambos diretamente afetados pelas alterações entre secas e cheias extremas. Mais de 80 participantes estiveram reunidos com a equipe do IMC, na última semana, no Centro de Florestania de Jordão.

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O resultado das oficinas de informação é  a redução do risco social associado às mudanças climáticas. Ao receber informações claras e confiáveis sobre o assunto, a população pode fortalecer atitudes já em curso e planejar novas mudanças de hábitos que se refletem em atitudes mais sustentáveis.
A vulnerabilidade do Jordão, mesmo contando com vasta cobertura florestal e a falta de estradas que dificultam o desmatamento, está justamente no o ao município. “A cidade fica praticamente isolada, pois os dois meios de se chegar ao Jordão ficam impossíveis com as mudanças climáticas. Os aviões não têm visibilidade para operar na pista e os rios não permitem a navegação por causa do baixo nível”, explicou a técnica do IMC Marta Azevedo.
“Antes o rio secava, mas dava para navegar. O problema é que agora o rio seca demais e aparecem muitas cachoeiras no meio do rio [pedras], que não apareciam nos outros verões”, relatou Francisco Sereno Kaxinawá, liderança indígena.

Além de aumentar as dificuldades de o, as mudanças climáticas afetam também a produção rural. “Não posso mais nem plantar melancia na beira do rio porque não sei mais se já é verão ou inverno”, reclamou o agricultor Damião Manoel Costa. Há relatos também de redução da caça, do número de quelônios, de seca dos rios e aparecimento de cachoeiras, e até o sabor dos peixes muda, pois a sua cadeia alimentar também é afetada.

Os temas debatidos na oficina de formação não se restringiram apenas às mudanças climáticas, mas também aos serviços ambientais e como a Lei do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais se estabelece, e os direitos dos indígenas.

A missão do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação dos Serviços Ambientais é implantar o Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais no Acre. Para que a implantação seja um processo democrático e participativo, o IMC desenvolve estratégias de capacitação diferenciadas para cada público específico, em especial os povos da floresta e produtores rurais.

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